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Boris Johnson renuncia ao cargo de primeiro-ministro do Reino Unido

Conservador estava vivendo pressão após inúmeros escândalos em sua gestão

Publicada em 07/07/2022 as 10:27h por correio do povo
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 (Foto: cartacapital.com.br)

Como previsto e diante das inúmeras crises vividas no Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson anunciou a sua renúncia ao cargo nesta quinta-feira. Está claro que a vontade do partido conservador é de ter um novo líder e, portanto, um novo primeiro-ministro, disse no início de sua manifestação. 

 

Johnson acredita que a procura por um substituto deverá começar em seguida. Eu concordei com o Sir Graham Brady que o processo de escolha de um novo líder deve começar agora. E o prazo para o anúncio deve ser divulgado na próxima semana, afirmou. 

 

Em seu discurso, Johnson agradeceu às pessoas que depositaram confiança no partido conservador. Eu quero dizer às milhões de pessoas que votaram em nós em 2019, pela primeira vez: obrigado por um mandato incrível. Foi maior número de conservadores no Parlamento desde 1987, acrescentou.   

 

Nos últimos dias, Boris Johnson chegou a dizer que permaneceria e lutaria pela continuidade de sua gestão como primeiro-ministro do Reino Unido, mas uma avalanche de pedidos de demissão de servidores do seu governo modificaram o plano. Cartas de demissões foram emitidas uma atrás da outra, enquanto dirigentes do próprio partido de Johnson imploravam pela saída do colega.   

 

O novo ministro das Finanças, Nadhim Zahawi, nomeado na terça-feira depois que Rishi Sunak anunciou sua demissão e provocou o início da pior crise do mandato de Johnson, se uniu aos pedidos de renúncia do primeiro-ministro, depois que o chefe de Governo perdeu o apoio do Partido Conservador em meio a vários escândalos. Sabe em seu coração o que é o correto, saia agora, escreveu em uma carta publicada no Twitter.

 

Michelle Donelan, nomeada nessa terça-feira para o ministério da Educação para substituir Zahawi, apresentou o pedido de demissão apenas 48 horas depois de assumir a pasta. Outro pedido de demissão veio do ministro para a Irlanda do Norte, até então leal Brandon Lewis, o que elevou a mais de 50 o número de renúncias no Executivo desde as saídas de Sunak e do ministro de Saúde, Sajid Javid, na tarde de terça-feira.

 

Rishi Sunak

 

O ministro das Finanças, Rishi Sunak, o primeiro hindu a ocupar o cargo, foi um dos dois ministros de grande destaque que renunciou na terça-feira. Ele já chegou a ser considerado o grande favorito para suceder Johnson, mas perdeu a legitimidade após uma série de escândalos.

 

Ex-analista do banco Goldman Sachs e funcionário de um fundo especulativo, casado com a filha de um magnata indiano, Sunak, cujos avós emigraram do norte da Índia para o Reino Unido na década de 1960, acumulou uma fortuna pessoal substancial antes de se tornar um deputado em 2015.

 

Jeremy Hunt

 

Ex-ministro de Relações Exteriores e Saúde Jeremy Hunt, de 55 anos, perdeu para Boris Johnson a liderança conservadora de 2019, apresentando-se como a alternativa "séria". Desde então, ele se prepara para concorrer novamente, construindo apoios e ficando fora do governo Johnson.

 

Colega de Johnson e do ex-primeiro-ministro conservador David Cameron na Universidade de Oxford, Hunt, que ensinou inglês no Japão e é fluente em japonês, é presidente do Comitê Parlamentar de Saúde. Ele tem uma imagem de cara legal, embora alguns o considerem sem carisma.

 

Liz Truss

 

Sem meias palavras e muito crítica aos movimentos de protesto woke, a ministra das Relações Exteriores, Liz Truss, tornou-se muito popular nas bases do Partido Conservador. Com 46 anos, durante uma década eka trabalhou nos setores de energia e telecomunicações, foi nomeada chefe da diplomacia como recompensa por seu trabalho como ministra do Comércio Internacional durante a saída britânica da União Europeia.

 

Nessa posição, a grande defensora do livre comércio que votou pela permanência na UE antes de mudar de lado conseguiu fechar uma série de importantes acordos comerciais pós-Brexit.

 

Sajid Javid

 

O ministro da Saúde, Sajid Javid, foi o outro peso pesado do governo e do Partido Conservador que renunciou na terça-feira em protesto contra o primeiro-ministro. Filho de um motorista de ônibus imigrante paquistanês, foi um renomado banqueiro antes de se tornar ministro das Finanças de Johnson. Ele renunciou em 2020 e voltou ao governo um ano depois. Javid, de 52 anos, votou em 2016 para permanecer na UE pelos benefícios econômicos, mas depois se juntou à causa do Brexit.

 

Priti Patel

 

A ministra do Interior, Priti Patel, de 50 anos, é a mais conservadora das ministras de Johnson. Firme defensora do Brexit, ela também votou contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Nasceu em Londres em uma família ugandense-indiana e adotou uma linha muito dura em relação à imigração.

 

Apesar de suas promessas, o número de migrantes que chegam ilegalmente através do Canal da Mancha está atualmente em níveis recordes. Grande admiradora da ex-primeira-ministra Margaret Thatcher e acusada de assédio moral por seus colaboradores no local de trabalho, Patel trabalhou em relações públicas antes de entrar na política.

 

Tom Tugendhat

 

O presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Comuns foi o primeiro a anunciar abertamente sua intenção de se candidatar se Boris Johnson renunciasse ou sofresse um impeachment. Ex-oficial do exército britânico, serviu no Iraque e no Afeganistão. Filho de pai britânico e mãe francesa, Tom Tugendhat, de 48 anos, é perfeitamente bilíngue.

 

Penny Mourdaunt

 

Ex-ministra da Defesa e atual secretária de Estado do Comércio Exterior, Penny Mordaunt, de 49 anos, foi uma das figuras da campanha a favor do Brexit em 2016 e desde então trabalha nas negociações de acordos comerciais para o Reino Unido. Considerada uma boa oradora, estima-se que possa ser uma candidata de unidade, capaz de obter apoio de diferentes alas do Partido Conservador.

    




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