A Polícia Civil do Estado do RS, por meio da Delegacia de Polícia de Farroupilha, sob a coordenação do Delegado de Polícia, Éderson Bilhan, da Equipe Antissequestro da Delegacia de Roubos vinculada ao Departamento de Investigações Criminais da PCRS (DR DEIC), com sede em POA, coordenada pelo Delegado de Polícia João Paulo de Abreu e com apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Caxias do Sul, capitaneada pelo Delegado de Polícia, Luciano Righês e com apoio da Polícia Civil de Santa Cataria, através da Delegacia de Roubos e Sequestros, da Diretoria de Investigaçôes Criminais, capitaneada pelo Delegado Anselmo Cruz, comunica a elucidação do caso envolvendo o desparecimento de Cristian Tonin no Município de Farroupilha.
Tão logo ocorreu o registro do desaparecimento de Cristian Tonin, na data de ontem, às 21:10, as equipes da Delegacia de Polícia de Farroupilha inciaram as diligências de forma incessante, o que transcorreu a noite até este desfecho.
Na manhã de hoje, enquanto a companheira do desaparecido prestava depoimento na sede da Delegacia de Polícia de Farroupilha, houve um pedido de resgate às 09:43 emanado de um telefone, cujo DDD era 48, para o telefone de Malena (companheira do desaparecido). O interlocutor aduzia que estava com Cristian e solicitava dinheiro para liberá-lo.
Diante disso, desde aquele momento a investigação descartou a linha investigativa do desparecimento e passou a tratar o caso como Extorsão Mediante Sequestro, em que Cristian seria a vítima do sequestro e a companheira dele vítima da extorsão. As negociações iniciais davam conta de que os indicativos iniciais apontavam que ele teria sido sequestrado e os criminosos estariam solicitando resgate.
Frente a isso, foi acionado a Equipe Antissequestro da Delegacia de Roubos vinculada ao Departamento de Investigações Criminais da Polícia Civil do Estado do RS (DR DEIC) e DRACO de Cxs.
As diligências investigativas apontaram que Cristian comprou passagem na rodoviária de Farroupilha às 15:59 de ontem (dia 30), embarcou num ônibus para Bento Gonçalves às 16:10h, chegou em Bento às 17:29 e minutos depois embarcou em outro Para Porto Alegre e próximo das 23h embarcou para Florianópolis.
Apurou-se que Cristian já tinha comprado uma passagem de embarque em Florianópolis na data de 31/08 as 13:15 destino à POA. Diante disso, a Polícia Civil de Santa Cataria foi acionada, mais precisamente a Delegacia de Roubos e Sequestros -Dras/Deic, da Diretoria de Investigaçôes Criminais, que fez abordagem de Cristian já embarcado no ônibus com destino à POA. Durante a abordagem foi constatado que ele estava em posse de duas armas de fogo, cujo registro consta em nome do abordado, porém ele não possui o porte.
Diante desse contexto, cotejando com as diversas diligências realizadas e elementos informativos colhidos, os indícios apontam que o desparecido não estaria sequestrado, mas forjou o próprio sequestro e extorquiu a própria companheira exigindo valores para que sua liberdade fosse restabelecida.
Diante disso, aliado a diversas outras fontes de prova, o desaparecido (agora suspeito) foi preso em Flagrante na Cidade de Florianópolis, pela equipe de Delegacia de Roubos e Sequestros da Polícia Civil de Santa Catarina, também autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fofo. Após as providências de praxe, será encaminhado ao sistema prisional do Estado de SC.
Manifestação desta Autoridade Policial Signatária
A Delegacia de Polícia de Farroupilha trabalhou incessantemente desde às 21 horas de ontem para o deslinde desse caso, empregando boa parte do efetivo nesta investigação.
Ademais, ao menos 6 (seis) policiais civis do DEIC, em Porto Alegre, deslocaram-se às pressas para Farroupilha, utilizando-se de 2 (duas) viaturas; outros policiais do permaneceram na base do DEIC, deixando outras funções e para auxiliar no caso; ainda uma equipe da Draco de Caxias do Sul, bem como efetivo da Polícia Civil de Santa Catarina, auxiliou nos trabalhos, portanto, todos os elementos colhidos serão minuciosamente analisados e o caso será tratado com o mais absoluto rigor que lei preconiza em casos como tal.