A Polícia Civil concluiu, sem indiciamentos, a investigação sobre a morte de um menino de oito anos após atendimento médico em Passo Fundo, no Norte do Rio Grande do Sul. O caso ocorreu em junho deste ano.
"Concluí que a morte da criança não está atrelada à conduta médica. Não houve negligência ou imperícia dos médicos que atenderam a criança", disse.
O caso passou a ser investigado após a família de Gustavo dos Santos Ribas denunciar um suposto erro médico. O menino havia sido internado, inicialmente, no Hospital Municipal Dia da Criança, onde os médicos teriam diagnosticado problemas no apêndice. No entanto, após ser transferido para o Hospital São Vicente de Paulo, a criança recebeu o diagnóstico de pneumonia, sofreu três paradas cardíacas e morreu.
Na época, o Hospital Dia da Criança disse ter realizado todos os exames no paciente e que ele já havia sido atendido outras vezes na unidade. O Hospital São Vicente de Paulo não se manifestou, em razão da Lei Geral de Proteção de Dados.
Relembre o caso
A situação teve início no dia 16 de junho, quando Gustavo relatou que não se sentia bem. Na noite, o pai, Volnei Ribas, levou o menino até o Hospital Dia da Criança e informou que o filho apresentava alguns sintomas como dores na costela, febre e vômito.
Segundo a família, os médicos plantonistas começaram a avaliar Gustavo. A partir dos resultados, apontaram que o paciente tinha inflamação no apêndice. O caso necessitaria de intervenção cirúrgica em outro hospital com estrutura para realizar o procedimento. Porém, tanto o Hospital São Vicente de Paulo quanto o Hospital de Clínicas não tinham vagas.
O pai de Gustavo relatou que, durante a madrugada, o quadro do menino havia piorado. Após isso, o menino foi transferido via SUS para o Hospital São Vicente de Paulo, onde uma vaga havia surgido. Na instituição, outros profissionais examinaram Gustavo e solicitaram a realização de uma tomografia, diagnosticando problemas no pulmão.
O quadro de inflamação no apêndice foi descartado através desse exame. A situação de Gustavo piorou hora após hora, mesmo com medicação para doença, segundo os familiares. A mãe, Luciane dos Santos, chegou no Hospital São Vicente de Paulo e pouco conseguiu falar com o filho caçula. O quadro do menino se deteriorou, e ele morreu.