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Assembleia Legislativa propõe diálogo com o governo gaúcho para discutir leilão dos pedágios

Resultado do leilão do bloco 3 foi duramente criticado em reunião na presidência da Assembleia Legislativa

Publicada em 20/04/2022 as 09:07h por Jornal O Sul
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 (Foto: Divulgação/ ALRS)

O resultado do leilão do bloco 3, que concede à iniciativa privada a exploração por 30 anos de 271,5 km de estradas no Rio Grande do Sul, da Serra ao Vale do Caí, foi duramente criticado por prefeitos, vereadores, representantes do empresariado, líderes de bancadas e deputados em reunião nesta terça-feira (19), na Assembleia Legislativa.

 

No encontro, organizado pelo presidente do parlamento gaúcho, deputado Valdeci Oliveira (PT), as principais críticas foram ao valor das tarifas (de R$ 6,85 a R$ 9.83), à falta de concorrência na disputa – apenas uma empresa se habilitou a participar e ofereceu um deságio de apenas 1,3% no valor da cobrança, contra mais de 50% em outros leilões – e a” inexistência de diálogo real por parte do executivo gaúcho”.

 

Após ouvir os participantes, cuja opinião unânime foi a de que há necessidade de o governo reconsiderar o modelo apresentado e não homologar o resultado do certame, Valdeci propôs ponderar junto ao governador Ranolfo Vieira Júnior, com quem tem uma reunião agendada para a tarde de quarta-feira (20), para que receba uma comitiva representativa – formada por deputados, prefeitos e lideranças empresariais – e ouça as demandas das regiões que serão afetadas.

 

“Vamos buscar para que o governo os receba o mais breve possível. O que vai acontecer daqui para lá é o diálogo que estamos tentando fazer, essa ponte entre a sociedade e o executivo. O governo, por mais divergência que tenha, precisa ouvir a população. Democracia pressupõe pensar diferente, mas também ouvir para poder dialogar”, defendeu Valdeci.

 

Questionado se acreditava haver maioria na Assembleia com a opinião para que a homologação do leilão não deva a ser efetivada, o presidente do Legislativo gaúcho afirmou ser prematuro assegurar isso. “Mas pelo menos dos líderes, dos deputados e deputadas que estavam aqui presentes, vimos que há uma vontade para que o governo, antes de assinar e referendar o leilão, ouça as comunidades. Acho que isso é mais importante”, avaliou. “Enquanto presidente vou manter uma postura respeitosa e republicana, mas ponderarei, até o extremo, que o governo os receba”, assegurou.

 

“Vamos torcer para que o governo tenha sensibilidade e ouça o Parlamento gaúcho. Antes as reuniões eram feitas por nós, lideranças locais, com o governador (Eduardo Leite), com a Casa Civil e, embora se ponderasse, o governo não nos ouvia. Agora é o Parlamento, que aprovou muitas reformas do governo Leite/Ranolfo, que está mostrando que está ao lado da sociedade. O que o governo precisa fazer é reconhecer que houve um ato nefasto para a economia do RS e não homologue o edital”, afirmou o prefeito de São Sebastião do Cai, Júlio César Campani.

 

De acordo com o representante da Associação das Entidades Representativas da Classe Empresarial da Serra Gaúcha (CICS Serra), Elton Gialdo, que reúne 17 municípios, o modelo do leilão não foi o mais adequado e a prova foi o seu resultado. “Foi um fracasso. Ficou 60% acima de outras regiões”, afirmou. “Em Lajeado, as lideranças emitiram uma carta, também com posição ao Bloco 2 e em solidariedade às localidades (do Bloco 3)”, explicou o líder da bancada do PT, Pepe Vargas. “As contrapartidas exigidas e a conjuntura (econômica) não atraíram outros (consórcios). Não é o momento de homologar”, defendeu Tiago Simon (MDB).

 

Também participaram da reunião representantes dos municípios de Portão, Bom Princípio, Feliz, Montenegro e Capela de Santana.

 

 




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