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Simone Tebet pede que TSE reduza participação da primeira-dama Michelle na campanha de Jair Bolsonaro

Senadora Simone Tebet no recente debate da Band

Publicada em 01/09/2022 as 08:05h por Redação O Sul
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 (Foto: Divulgação)

A senadora Simone Tebet desembarca nesta quinta-feira, às 10h30min, em Porto Alegre, para cumprir uma rápida agenda no Rio Grande do Sul, e à tarde fará uma visita à Expointer, acompanhada do ex-governador Eduardo Leite, candidato tucano à reeleição. Mas, já que sua campanha não decola, a senadora Simone Tebet, candidata à Presidência pelo MDB, tenta atrapalhar a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ela entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral para limitar a participação da primeira-dama Michele Bolsonaro na campanha do presidente Jair Bolsonaro, concorrente à reeleição ao Palácio do Planalto. Em representação ao TSE, a senadora questiona a peça eleitoral que teve a participação da primeira-dama Michelle Bolsonaro para falar com as “mulheres sertanejas” e foi veiculada na televisão nesta nesta semana argumentando que a esposa do presidente teria excedido o tempo-limite permitido pela legislação, que determina a participação de apoiadores apenas em 25% do tempo de cada propaganda eleitoral gratuita, e que a presença da primeira-dama acima do permitido traria benefícios para a campanha de Bolsonaro.

 

Orçamento secreto é fake news eleitoral

 

Depois de chamar de “maior esquema de corrupção do planeta” e demonizar o chamado “orçamento secreto”, algo que existe desde 2015, a partir da “emenda do orçamento impositivo” (emenda constitucional/85, de 2015 que criou as emendas impositivas), a senadora Simone Tebet acabou levando uma “bola nas costas” da sua vice, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que admitiu ter apadrinhado R$ 19,2 milhões em emendas de relator em 2020. Na verdade, estas emendas são uma rotina no Congresso. A própria candidata à Presidência pelo União Brasil, senadora Soraya Thronicke (MS), indicou R$ 95,2 milhões em emendas de relator nos últimos três anos.

 

Privilégio na família: pensão de governador com 10 meses de mandato

 

Enquanto denuncia privilégios que imagina existir nos outros candidatos, a senadora Simone Tebet fecha os olhos para o que acontece no seu quintal. O Estado de Mato Grosso do Sul paga pensão de R$ 37.147,73 a Fairte Nassar Tebet, viúva de Ramez Tebet (MDB), que foi governador por apenas 10 meses. Mãe da senadora Simone Tebet (MDB) e sogra do secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Rocha, Fairte recebe valor acima do subsídio pago ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O tucano ganha R$ 35.462,27, que é o teto do funcionalismo público estadual, enquanto a viúva de Ramez recebe R$ 37.147,73, de acordo com o Portal da Transparência.

 

Até “O Globo” já admite exageros de Alexandre de Moraes

 

Mesmo de forma tardia, nesta quarta-feira (31) o jornal “O Globo” se juntou ao Jornal da Band e a diversas entidades empresariais do País, e também lançou um editorial criticando a operação deflagrada contra o grupo de oito empresários que supostamente defendiam um golpe de Estado em caso de vitória do ex-presidiário Lula. Os excessos da ação policial foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal e criticados por “O Globo”, destacando que a decisão do ministro do Supremo foi exagerada. “O Globo” defendeu que “evidências comprovam necessidade de investigar, não de congelar contas ou promover busca e apreensão”.

 

Após insistência do Ministério da Defesa, TSE aceitou alterar o teste de integridade das urnas

 

Após a insistência do Ministério da Defesa para que o Tribunal Superior Eleitoral adote no dia da eleição um teste de integridade das urnas com a participação de eleitores reais, em vez de técnicos, diretamente nas seções eleitorais e com registro de biometria de leitores reais, a Côrte eleitoral cedeu à cobrança e concordou em fazer uma verificação em caráter experimental em algumas seções eleitorais. A decisão foi anunciada após nova reunião, ontem, entre o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, e o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira.

 

Mudança aumenta a segurança

 

Não há nada de conspiração em propor maior segurança no processo eleitoral. Segundo o coronel do Exército Marcelo Nogueira, um dos oficiais especialistas na área de informatica e processos de TI, o teste sugerido poderia identificar um “código malicioso oculto” que pode ser inserido nas urnas para fraudar o sistema eletrônico de votação e escapar do teste de integridade convencional realizado no dia da eleição. Este risco motivou o ministro da Defesa a fazer a sugestão de que o TSE alterasse o teste de integridade dos equipamentos.




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