O governo federal desembolsou R$ 216.823,95 para bancar o hotel em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, estão hospedados em Brasília. O montante se refere também às hospedagens das equipes que fazem a segurança do petista.
A Presidência da República não informou quantos quartos estão ocupados por auxiliares de Lula. Não revelou também a qual período corresponde as diárias. O gasto foi publicado no Diário Oficial da União de quarta-feira (18).
Lula e Janja estão no hotel, localizado na área central da cidade, desde o período de transição de governo. Eles só devem se mudar para o Palácio da Alvorada no mês que vem, após retornarem da agenda na Argentina. A mudança para a residência oficial foi adiada devido às condições de preservação do local.
Em nota, o Palácio do Planalto afirmou que “não havia condições de habitabilidade da residência oficial da Granja do Torto”, que também pertence à Presidência, e que o Alvorada esteve ocupado até o dia 30 de dezembro do último ano e, segundo o Executivo, não foi aberto à vistoria das equipes de transição e segurança.
Com isso, a Polícia Federal, responsável pela segurança do presidente e de seus familiares, solicitou que que fossem adotadas as providências para que o casal continuasse hospedado no hotel, que já contava com toda a estrutura necessária à proteção de Lula.
A previsão, segundo o Palácio do Planalto, é de que Lula e Janja permaneçam no hotel até o dia 2 de fevereiro, quando devem encerrar as obras de manutenção predial do Palácio da Alvorada. Lula e Janja visitaram o local pela primeira vez em 3 de janeiro. De acordo com a primeira-dama, havia infiltrações, janelas quebradas, danos em tapetes e sofás rasgados.
Em 4 de janeiro, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, visitou a residência oficial e afirmou ter ficado “assustado” com o estado de conservação do palácio, que, na descrição dele, mais “parecia um bunker”.
“Ao visitar a casa do presidente, fiquei assustado porque parecia que não era uma residência presidencial. A sensação era de que parecia um bunker, várias salas com uma bateria de computadores, onde parece que trabalhavam várias pessoas. O ambiente todo estava arrumado não como uma residência do presidente da República, mas, sim, como se fosse um local de trabalho de combate”, disse Costa na ocasião.