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Ex-assessor do Gabinete de Segurança Institucional, coronel Santos diz que militares da ativa foram aos atos em Brasília e pede golpe

José Placídio Matias dos Santos atuou por três anos no Gabinete de Segurança Institucional durante o governo Bolsonaro

Publicada em 20/01/2023 as 13:58h por Redação O Sul
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 (Foto: Divulgação)

O coronel do Exército José Placídio Matias dos Santos, que foi assessor no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) por três anos, usou as redes sociais para pedir golpe e ameaçar o ministro da Justiça Flávio Dino. Ele ainda afirmou que “centenas de militares da ativa” participaram dos atos extremistas em Brasília, no dia 8 de janeiro.

 

O militar publicou, no dia dos atos extremistas, uma mensagem direcionada ao comandante do Exército, general Júlio César de Arruda. A publicação pedia a insubordinação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

As informações foram divulgadas inicialmente no “Estado de S. Paulo”. Após a publicação, o coronel apagou algumas postagens de suas redes sociais.

 

“General Arruda, o Brasil e o Exército esperam que o senhor cumpra o seu dever de não se submeter às ordens do maior ladrão da história da humanidade. O senhor sempre teve e tem o meu respeito. FORÇA!!”, diz a postagem no Twitter.

 

Ainda no dia dos atos terroristas, Placídio conclama as Forças Armadas (FA) a atuarem. “Brasília está agitada com a ação dos patriotas. Excelente oportunidade para as FA entrarem no jogo, desta vez do lado certo. Onde estão os briosos coronéis com a tropa na mão?”, publicou.

 

No dia seguinte aos atos, Placídio voltou às redes sociais para afirmar que havia “esquerdistas baderneiros infiltrados” nos atos golpistas da véspera. “Não sei o que vai acontecer, ninguém sabe ao certo. O que temos de evidente é que o povo ordeiro e patriota, o que não inclui os esquerdistas baderneiros infiltrados, jamais aceitará a usurpação de poder levada a cabo pelo sistemão”, escreveu.

 

O coronel ainda comparou a ação dos policiais que impediram uma destruição ainda maior nas sedes dos Três Poderes com a Gestapo, a polícia secreta de Adolf Hitler na Alemanha nazista. Em seguida, o Placídio disse que os atos golpistas tiveram participação direta de militares da ativa.




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