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MP/RS denuncia vereador por corrupção passiva no Caso Canarana em Camaquã

De acordo com a denúncia, o crime foi cometido em 24 de junho de 2021, quando houve pedido de vantagem indevida ao empresário José Claudir Machado

Publicada em 23/11/2022 as 08:22h por Radio Cidade
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 (Foto: Divulgação - Radio Cidade)

De acordo com informações do Portal Clic Camaquã o  Ministério Público do Rio Grande do Sul em Camaquã denunciou o vereador Everton Luis Martins dos Santos, conhecido como Mano Martins,  pelo crime de corrupção passiva e um agente imobiliario ligado a família do vereador. De acordo com a denúncia, o crime foi cometido em 24 de junho de 2021, quando houve pedido de vantagem indevida ao empresário José Claudir Machado, representante da empresa fumageira Canarana de Cerro Grande do Sul. 

 

O promotor de Justiça Francisco Saldanha Lauenstein explica que tramitava junto à Câmara de Vereadores um Projeto de Lei Municipal que tinha por objeto a doação de 13 hectares de um imóvel para a empresa da vítima.

 

O projeto recebeu parecer favorável da Comissão Permanente de Constituição e Justiça e da Comissão Permanente de Saúde, Meio Ambiente, Assistência Social e Habitação, mas, em virtude da complexidade da obra, da magnitude do investimento (na órbita de R$ 170 milhões) e da extensão do terreno doado, a Comissão de Orçamento e Finanças solicitou ao empresário diversos documentos e informações a respeito do empreendimento.

 

Em 20 de junho de 2021, um corretor de imóveis ligado ao vereador de acordo com a denúncia enviou mensagem de WhatsApp ao empresário perguntando se tinha interesse em fazer uma reunião com o vereador. O objetivo, segundo a mensagem, era facilitar a tramitação do Projeto de Lei Municipal. Os denunciados agendaram, então, uma reunião para o dia 24 de junho de 2021.

 

No encontro, o vereador teria dito ao empresário que a comissão que estava “travando o andamento” do Projeto de Lei “lhe devia uma” e, valendo-se de seu cargo eletivo, solicitou à vítima vantagem ilícita para negociar com a Comissão de Orçamento e Finanças a respeito da tramitação do Projeto de Lei.

“O vereador, em que pese não ter pormenorizado a espécie de vantagem, relatou ao empresário que precisaria de sua ajuda futuramente porque tinha interesse em se candidatar a deputado estadual e que o custeio do financiamento da campanha eleitoral é alto, e de fato o investigado candidatou-se a tal cargo nas últimas eleições, porém não foi eleito”, comentou o promotor.

 

Vereador se manifesta por meio de nota: 

 

Em nota, no dia seguinte a publicação da denúncia, o vereador Mano Martins por meio de seu advogado afirmou: “O vereador Mano Martins, oposição ao governo Ivo Ferreira prefeito Municipal de Camaquã recebeu com muita tranquilidade a notícia de que estaria sendo oferecida denúncia, que é uma acusação formal, por parte do Ministério Público. Pelo mesmo fato (alegação de recebimento de vantagem indevida) a câmara de vereadores realizou uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) e o Vereador Mano foi, na época, absolvido pelos seus pares na comissão de ética da casa legislativa de forma UNÂNIME, incluindo vereadores da base do governo Ivo. A denúncia é anêmica, desprovida de provas e subsidiada apenas com declarações de “ZÉ da Canarana”, parceiro de partido do prefeito de Camaquã Ivo de Lima Ferreira e que queria instalar uma empresa em Camaquã com alegação de investimentos de 170 milhões de reais, sem dizer de onde seriam tais investimentos, já que, recentemente, percebera assistência judiciária gratuita em um processo (por não ter recursos) e sua esposa e sócia percebera auxílio emergencial, que sabidamente é concedido à pessoas em situação de vulnerabilidade financeira. Nos causa estranheza que esses fatos não despertem interesse do Ministério Público Camaquense, pois deveriam ser investigados. O vereador Mano Martins faz ferrenha oposição aos desmandos de Ivo de Lima Ferreira, que passam, dentre tantos, pelo abandono do interior de Camaquã e o recente fechamento de três escolas no interior, deixando os mais necessitados à mercê de sua própria sorte e que terão que se deslocar por vários quilômetros para poderem ter o básico, que é educação. Ser processado é o alto preço pago pelo vereador Mano Martins por não se curvar à sanha de Ivo, que sempre usa moeda de troca (cargos) para buscar apoio de outros vereadores e, assim, manter uma hegemonia no comando de Camaquã. Sinal de que nosso trabalho, sério, está dando certo. Sem “toma lá; dá cá”, sem se ajoelhar ao coronelismo. E por acreditar na seriedade do Poder Judiciário, continuaremos com nossa oposição, focada unicamente no bem-estar da população camaquense”. Concluiu.




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