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Fim do mistério: nos 40 anos do Chester, empresa divulga fotos do animal vivo

Publicada em 12/12/20 as 10:38h por Larissa Coldibeli/ CNN Brasil Business, em São Paulo
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 (Foto: Divulgação/BRF)
Você já viu um Chester vivo? Pois bem. No ano em que comemora 40 anos da chegada do produto ao Brasil, a BRF, dona da marca Perdigão, põe fim a um mistério que durou décadas e mostra fotos do animal em vida. Até então, a empresa costumava dizer, por meio de sua assessoria de imprensa, que não tinha fotos de divulgação do bicho.

Durante o tempo em que permaneceu "escondido", muitas lendas foram criadas a respeito do Chester. Algumas diziam que ele não tinha cabeça ou que comia tanto a ponto de não conseguir se mexer. Tudo não passa de invenção, segundo Luciana Bulau, gerente executiva da Perdigão.

"O Chester é um animal muito saudável. O diferencial dele é uma genética que foi aperfeiçoada e o cuidado que ele recebe nas granjas e na alimentação. No passado, a Perdigão alimentou essa aura de mistério, mas hoje a gente é muito transparente sobre nossas granjas e a forma como nossos animais são cuidados", diz ela.


Afinal, o que é o Chester?

O Chester é uma marca registrada, e não uma espécie. A ave tem origem em uma linhagem de frango que foi trazida da Escócia para o Brasil em 1980. Poucos anos depois, ele passou a ser comercializado no país como concorrente do peru de Natal da Sadia --hoje, Sadia e Perdigão pertencem à BRF. 

A produção do Chester se concentra na cidade de Mineiros, em Goiás. O tempo de criação é superior ao do frango convencional: o Chester é abatido quando tem em torno de 50 dias, 20 dias a mais do que o frango.

A alimentação também é diferenciada, com uma dieta balanceada, com vitaminas e minerais, específica para suas necessidades de desenvolvimento. Tudo isso gera diferenças no tamanho da ave e na carne.


Produção começa em março

Veja algumas curiosidades do Chester, segundo Luciana Bulau, gerente executiva da Perdigão:

-    É maior que o frango comum;
-    Não tem hormônios, conforme proibição da legislação brasileira; 
-    Tem a carne mais macia;
-    O sabor é mais suave em comparação com outras aves natalinas;
-    70% da carne são concentradas no peito e nas coxas, partes nobres da ave;
-    Tem menos gordura que o frango;
-    Embora venha de uma linhagem de frango escocesa, só é vendido no Brasil;
-    Apesar de só ser vendido no Natal, a produção começa em março.

"Por ser um produto especial, concentramos as vendas no Natal, o que cria essa aura de expectativa e faz do Chester um símbolo do Natal brasileiro", diz a executiva da Perdigão.


Embrapa: só machos são vendidos como Chester

A empresa não deu detalhes sobre o processo produtivo, mas, segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), só são vendidos como Chester os machos sem defeitos --como contusões e fraturas.

As fêmeas dessa linhagem não crescem tanto quanto os machos. Por isso, são abatidas na mesma idade que os frangos convencionais e vendidas em cortes embalados em bandejas.

Os machos abatidos que não atendem ao padrão de qualidade para o produto natalino são transformados em produtos como peito, embutidos e processados de Chester.


Linha comemorativa para os 40 anos

Como parte da comemoração de 40 anos do Chester no país, a Perdigão ampliou a linha "Sabores do Brasil". Em 2020, são vendidas oito opções de Chester, com temperos diferentes: Chester Tradicional, Chester Azeite e Ervas, Chester Assa Fácil Tradicional, Chester Assa Fácil Pesto, Chester Mineiro (vendido apenas em Minas Gerais e Rio de Janeiro), Chester Gaúcho (comercializado apenas no Sul do país) e Chester Desossado. 

A novidade de 2020 são as embalagens comemorativas e o Chester com Sabor Toque Caseiro, que leva diferentes temperos, como alho e cúrcuma, inspirado nas receitas enviadas pelos próprios consumidores, segundo a fabricante.

A empresa não divulga dados sobre vendas, mas afirma que o Chester tem mais de 50% do mercado de aves especiais do Natal, sendo um dos produtos mais vendidos dessa época do ano.



Veja as imagens:







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