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Vitório Piffero, Pedro Affatato e outros três réus são condenados por desvios de recursos do Inter

Investigação do Ministério Público apontou que teriam sido desviados R$ 10 milhões durante a gestão do então presidente do clube, Vitório Piffero.

Publicada em 06/03/2024 as 06:01h por Por g1 RS
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 (Foto: Reprodução)

O ex-presidente do Internacional Vitorio Piffero, o ex-dirigente Pedro Affatato e outros três réus foram condenados por crimes envolvendo um esquema de desvios de recursos do clube, investigado pelo Ministério Público do RS. A sentença foi proferida na segunda-feira (4). Todos eles podem recorrer da decisão em liberdade.

 

Piffero recebeu pena de 10 anos e seis meses em regime fechado pelos crimes de estelionato e organização criminosa.

 

O advogado de Vitorio Piffero, Nei Breitman, disse que só vai se manifestar após ter acesso à sentença.

 

Pedro Affatato, então vice-presidente de Finanças do Inter, também foi condenado e recebeu pena de 19 anos e 8 meses em regime semiaberto por estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

 

O advogado de Pedro Affatato, Andrei Zenkner Schmidt, disse que também não tomou conhecimento do teor da sentença, mas que vai recorrer da decisão e que só irá se manifestar nos autos do processo.

 

Os outros três condenados são ligados à empresas que teriam participado do esquema.

 

O promotor Flávio Duarte, responsável pela denúncia, afirma que "a condenação, além de definir responsabilidades em relação aos fatos denunciados, deve servir como paradigma, em nível nacional, para situações semelhantes de fraudes e desvios relacionados a gestões no âmbito esportivo".

 

 

 

 

'Complexo esquema', diz juiz

 

Segundo a acusação, a principal fonte de fraudes e desvios contra o Sport Club Internacional foi feita através da retirada de valores em espécie da tesouraria. O dinheiro foi usado para o pagamento de obras para empresas de construção civil e prestação de serviços, que não foram realizados, ou foram superfaturados.

 

"Os acusados orquestraram um complexo esquema envolvendo diversas empresas, que viabilizaram acesso a duas centenas de notas fiscais, afora utilização de suas contas bancárias, por quase dois anos, para viabilizar a execução dos sucessivos delitos", diz trecho da sentença assinada pelo juiz Roberto Coutinho Borba.

 

Os crimes teriam ocorrido durante a gestão 2015/2016 do Sport Club Internacional. Em 2018, o Ministério Público estadual cumpriu 20 mandados de busca e apreensão em residências e sedes de empresas de Porto Alegre, Eldorado do Sul e Viamão.

 

"Nós provamos que tem sacanagem no futebol", disse o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais Marcelo Lemos Dornelles.

 

Foram cerca de R$ 10 milhões entre fevereiro de 2015 e fevereiro de 2016, retirados diretamente por Pedro Antonio Affatato. Depois, esses valores eram comprovados por meio de notas fiscais emitidas a título de obras que não foram realizadas ou foram superfaturadas.

 

Segundo análise técnica realizada pelo Ministério Público, de 165 notas analisadas, de nove empresas, pelo menos 94% revelaram obras não executadas, executadas parcialmente ou com sobrepreço.

 

Foi demonstrado que, na mesma data ou logo depois da retirada de valores a título de adiantamento, houve depósitos de valores idênticos ou muito semelhantes para uma empresa do próprio Affatato.

 

Entre as obras pagas e não realizadas, estão benfeitorias no Centro de Treinamento de Guaíba, que, de acordo com vistoria feita durante a investigação, nunca foram prestadas. O local é, atualmente, uma área abandonada, sem infraestrutura e com vegetação nativa.

 

 




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