(Foto: Arquivo Pessoal)
O Secretário Municipal de Saúde, Renato Sanhudo, popular Renato Cabeleireiro, após participar da convocação promovida pela Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores de Camaquã e não conseguir responder aos questionamentos dos parlamentares, principalmente no que diz respeito aos recursos até agora investidos no enfrentamento ao Coronavírus no município, Renato deverá ser novamente convocado, agora pela Comissão de Orçamento e Finanças da Câmara, presidida pelo vereador Claiton Silva (PDT).
A informação foi divulgada com exclusividade na manhã de sábado (20), durante entrevista do parlamentar ao programa Bom Dia Cidade na Rádio Cidade.
Claiton Silva, assim como a maioria dos vereadores, não ficaram satisfeitos com as informações fornecidas pelo Secretário de Saúde, assessorado pelo ex-titular da pasta, o veterinário Fabiano Martins. Ambos não responderam a maioria das perguntas, mostrando falta de conhecimento da área em que atuam.
O vereador Vitor Azambuja (PP) recomendou o afastamento de Renato da pasta da saúde, por não possuir habilidade compatível com a função. O prefeito Ivo lançou nota de repúdio à sugestão do parlamentar, o que foi imediatamente rebatido pelo diretório municipal dos Progressistas, lamentando a postura desproporcional e demagógica adotada pelo Chefe do Poder Executivo de Camaquã, Ivo de Lima Ferreira contra o vereador Vítor Azambuja, líder da Bancada dos Progressistas na Câmara Municipal.
Renato Cabeleireiro, questionado sobre a destinação e aplicação de recursos públicos no enfrentamento a Covid-19, manteve-se calado, já o Coordenador do Setor de Vigilância Epidemiológica, Fabiano Martins, não soube detalhar a contabilidade.
A convocação do Secretário de Saúde poderá ocorrer em breve, disse o presidente da Comissão de Orçamento e Finanças. “Queremos saber quanto foi investido até agora e onde foi investido”, concluiu Claiton Silva.
Na semana passada, em entrevista à uma rádio local, o prefeito Ivo, questionado sobre o destino da aplicação de recursos na ordem de R$ 2,3 milhões, oriundos do FERCAM – Fundo Especial de Reaparelhamento da Câmara, para ações de enfrentamento a Covi19, também não soube detalhar o destino dos recursos, dizendo que ainda não havia definido. Alguns dias após a declaração desastrosa, o Chefe do Poder Executivo retornou à mesma emissora, onde costumeiramente concede entrevista detalhando suas ações de governo, para dizer que aplicará o valor destinado pelo Poder Legislativo à compra de vacinas. O montante é suficiente para a compra de 23 mil doses, o suficiente para imunização de mais de 30% da população camaquense.
