Uma criança de 11 anos foi mandada para casa após buscar atendimento médico em uma unidade de pronto atendimento (UPA) em Bento Gonçalves, na Serra do Rio Grande do Sul, com uma barata dentro do ouvido direito. Conforme o prontuário, o encaminhamento da menina para realização do procedimento em um hospital da região foi negado pelo núcleo de regulação. O caso aconteceu no sábado (2).
"Eles explicaram que o convênio [entre o hospital e a prefeitura] não cobria esse tipo de atendimento, ela voltou para casa", afirma o pai da menina, que prefere não se identificar.
A prefeitura de Bento Gonçalves informou que "após inúmeras tentativas de retirada do corpo estranho do local, foi necessário encaminhamento para o ambulatório de otorrino, sendo realizada a retirada no hospital referência para a especialidade".
Conforme o homem, a menina havia ido dormir na casa de uma avó. Ao perceberem que uma barata havia entrado no ouvido dela, familiares a levaram na UPA, por volta de 4h. A criança reclamava de dores.
A médica que atendeu a criança relatou no prontuário que tentou remover o inseto, sem sucesso. "Encaminho ambulatorialmente com brevidade a paciente para avaliação otorrino para retirada de corpo estranho", diz o documento.
Ainda no sábado, por volta de 11h, a menina chegou em casa, ainda com o inseto morto dentro do ouvido direito, segundo o pai. Insatisfeitos, familiares expuseram queixas nas redes sociais e um portal local noticiou o acontecimento.
O pai da paciente relatou que, algumas horas depois, a UPA entrou em contato com eles, sinalizando que seria possível realizar a remoção. Então, foram levados de ambulância para o hospital que anteriormente havia negado o procedimento.
"Foram três minutinhos pra retirar a barata. Ela ficou aliviada, porque se queixava bastante de dor, a barata era grande. Agora, ela tá bem, foi pro colégio hoje [segunda-feira, 4]", disse o pai.
